Dra. Caroline Aguiar Neurologista

ESPASMOS FACIAIS

O espasmo hemifacial é uma condição neurológica caracterizada por contrações involuntárias e repetitivas dos músculos de um lado do rosto. Essas contrações são causadas geralmente pela compressão do nervo facial (nervo craniano VII) por uma artéria próxima, mas também podem resultar de lesões ou condições secundárias, como após uma paralisia facial periferica ou tumores. Embora não seja uma condição comum, é mais prevalente em mulheres e tende a ocorrer com maior frequência em pessoas de meia-idade ou idosas.

EVOLUÇÃO

As contrações musculares involuntárias começam, geralmente, ao redor do olho (pálpebra), de forma lenta e unilateral, e podem se espalhar para outros músculos do mesmo lado do rosto. Inicialmente, essas contrações podem ser leves e intermitentes, mas, com o tempo, podem se tornar mais frequentes e intensas, envolvendo músculos da boca, bochecha ou até mesmo do pescoço. Em alguns casos, podem ser desencadeados por estresse, cansaço ou movimentos faciais.
Apesar de sua progressão, o espasmo hemifacial raramente afeta o outro lado do rosto, permanecendo restrito ao lado inicialmente afetado.
Embora não cause dor, o espasmo hemifacial pode gerar desconforto, dificuldade para falar ou se alimentar, além de impacto emocional devido à aparência dos movimentos involuntários.
Embora o espasmo hemifacial não seja uma condição fatal, ele pode ter um impacto significativo na qualidade de vida, especialmente em casos mais graves.

TRATAMENTO

O tratamento do espasmo hemifacial é direcionado ao alívio dos sintomas. A injeção de toxina botulínica (“Botox”) é o tratamento mais comum e eficaz, relaxando os músculos afetados e reduzindo os espasmos. Os efeitos do Botox duram cerca de 3 a 6 meses, sendo necessárias reaplicações regulares.

Além disso, o manejo do estresse e a adoção de hábitos saudáveis podem ajudar a reduzir os gatilhos dos espasmos. Nos casos secundários, o tratamento deve ser voltado para a causa subjacente, como remoção de tumores ou tratamento de lesões.

Com o tratamento adequado, a maioria dos pacientes consegue levar uma vida normal e controlar os espasmos, melhorando tanto o aspecto funcional quanto o emocional relacionado à condição.

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